A temível batata doce

domingo, 3 de dezembro de 2017


Pensem numa mulher com os nervos esfrangalhados graças a uma batata doce! Sou eu, prazer.
Vou contar-vos a história de um fatídico dia em que quase perdi o meu namorado graças a este maravilhoso legume.

Ora bem, há pouco mais de 1 mês o meu querido R. resolveu fazer chips de batata doce, nada de novo por enquanto. Para tal resolveu utilizar a nossa nova mandolina. Para quem não sabe, uma mandolina é um utensílio de corte de legumes, a nossa assemelha-se a uma máquina de tortura medieval, com 357.734 diferentes tipos de corte.

Pois bem, o meu rapaz decidiu cortar finamente a batata doce na mandolina mas sem a proteção para as mãos (inteligente, eu sei!). Quando eu, inocentemente, chamei a sua atenção para o que estava a dar na televisão, eis que o rapaz se distrai e lá vai um dedo. Um BIFE minha gente, um dedo com corte até às profundezas que sangrava todo um rio. Com toda a calma do mundo estancamos o sangue e desinfetamos a laceração até que o meu caríssimo companheiro de vida tomba sobre a mesa. Desmaiado. A revirar os olhos. Apagado. Um homem que nunca fica doente, que aguenta todas as intempéries desta vida. Perdi 7 anos de vida e envelheci 10 com a tensão do momento. Lá veio o INEM e agora tem de fazer curativos até nascer novo bife no dedo.

Sei bem que estão a pensar "Pff, cortou-se porque utilizou mal a mandolina!!" ou pior "Tu é que o distraíste!!". Mas, minhas amigas, juro-vos que a culpa é da batata doce: o seu nome manifesta suavidade, mas é dura como o raio; a sua casca parece fina e fácil de tirar, mas parece colada com cianoacrilato.  Se isto não for o suficiente para que repudiem este legume, devo acrescentar que recentemente cruzei-me com uma médica que tinha levado 7 pontos na palma da mão a cortar uma batata doce. SETE PONTOS.

Sou caso único? Ou também vocês têm uma relação de amor-ódio com a batata doce?

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